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De origem do grego ‘díaita’, a palavra dieta significa ‘modo de vida’ e se refere a comportamentos saudáveis que mantêm a saúde das pessoas em equilíbrio. Atualmente, esse conceito tem várias interpretações e está associado a diferentes significados: a dieta regular de uma pessoa; a prescrição de modificações na dieta para melhorar uma doença específica; ou está associado a uma dieta para emagrecer que restringe alimentos.

E é este último conceito o mais polêmico, pois a dieta restritiva para perda de peso a todo custo leva algumas pessoas a seguir planos alimentares que prometem milagres, a fim de atingir uma ingestão calórica baixa, cuja eficácia a longo prazo não é comprovada e ainda pode comprometer a saúde.

As dietas que garantem resultados de emagrecimento em curto espaço de tempo baseiam-se na eliminação da ingestão de um grupo de alimentos ou de um nutriente específico, sejam gorduras, proteínas ou carboidratos. Muitas tendem a contradizer as opiniões de médicos e nutricionistas, pois seus fundamentos estão apoiados em princípios científicos não comprovados. Então, elas poderiam ser comparadas a uma automedicação.

É importante frisar que com uma alimentação balanceada, nutritiva e bem planejada, além da prática de exercícios, qualquer pessoa pode atingir e manter o peso ideal.

Consequências das dietas milagrosas

Nesse experimento, dependendo da dieta escolhida e de quanto tempo ela é mantida, é provável que haja uma descompensação do corpo, ou seja, um enfraquecimento do sistema imunológico tornando-o vulnerável a diversas doenças.

No início, após a eliminação abrupta de macronutrientes como carboidratos, proteínas e gorduras, as pessoas sentem fraqueza, falta de energia, tonturas, além de irritabilidade e mudanças repentinas de humor.

Estender a dieta aumenta o risco de anemia, perda de cabelo e distúrbios alimentares, como a bulimia. Algumas pessoas também são vítimas de insônia, ansiedade e depressão.

Uma nutrição adequada não deve visar apenas a perda de peso

É preciso mudar a abordagem de que o único objetivo de uma boa nutrição é o peso. Dar importância a outros benefícios à saúde como maior sensação de energia, boa imunidade, melhoria do trânsito intestinal, regularidade menstrual, melhoria da qualidade da pele, unhas e cabelo, além de boa condição psicológica, são formas de bem-estar muito mais importantes do que alguns quilos a mais.

O profissional de nutrição deve trabalhar alguns aspectos de forma bastante individualizada para que uma pessoa que experimentou ‘dietas milagrosas’ recupere gradativamente a energia perdida e sua funcionalidade metabólica. Trabalhar também o medo que as pessoas têm de certos alimentos e refeições e, acima de tudo, fazer com que elas voltem a gostar de comer.

É preciso que o corpo se adapte novamente à maior disponibilidade de energia de forma gradual. No caso da identificação de algum tipo de prejuízo nutricional, deve-se considerar a complementação com vitaminas. Um suplemento para anemia, por exemplo, pode ajudar o metabolismo e o funcionamento do sistema imunológico.

Recomendar exercícios físicos adaptados e individualizados, especialmente para construir músculos, e treinos específicos de força para melhorar o tecido enfraquecido. Para os cabelos, pele e unhas fracas, suplemento de biotina, a vitamina do complexo B (B7), por exemplo, recupera e melhora a vitalidade e o brilho.

O conceito de dieta hipocalórica restritiva deve ser substituído por um tratamento eficaz para perda de peso por meio da reeducação alimentar e redução de calorias, mas mantendo todos os nutrientes que o organismo necessita para a boa saúde. Saudável é modificar e melhorar os hábitos e estilo de vida que permitem manter um peso a longo prazo, sem prejudicar a energia vital e a motivação de viver.

Dietas restritivas famosas na atualidade

Entre as dietas mais famosas está a cetogênica ou cetônica, que minimiza a ingestão de carboidratos, como farinhas, grãos e raízes. Alimentos ricos em gorduras saudáveis são preferidos, como azeite e abacate, além das proteínas. O organismo passa a utilizar a própria gordura como fonte de energia, e não os carboidratos provenientes da alimentação.

Essa dieta é contraindicada para pessoas acima dos 65 anos, adolescentes, crianças, grávidas e mulheres que amamentam. Além disso, precisa ser evitada por diabéticos, pessoas com doenças no fígado, rins ou alterações cardiovasculares, entre outras. Sem uma orientação médica e acompanhamento de um nutricionista, é contraindicada.

A chamada dieta ‘green detox’, ou ‘desintoxicação verde’, consiste em tomar smoothies verdes no café da manhã, almoço e jantar – o suco de dois ou três vegetais e uma fruta – por 15 ou 21 dias. Mas não é possível viver apenas de líquidos. Além disso, quem escolhe esta opção corre o risco de ter um défice, sobretudo, de massa muscular, visto que prevalece o consumo de fibras, vitaminas e minerais. A ingestão de proteínas, de origem animal ou vegetal, é essencial para a regeneração das células.

Outro experimento para emagrecer famoso, impulsionado por influenciadores digitais, consiste na dieta dos 21 dias com apenas 800 calorias. A esse respeito, a Organização Mundial da Saúde afirma que uma mulher adulta média requer 1.600 a 2.000 calorias para manter um estilo de vida saudável; um homem, entre 2.000 e 2.500 calorias. Portanto, pessoas que usam este método para perder peso são deficientes em nutrientes, podem ter constipação e alterações de humor.

Nutricionistas atualizados elaboram planos de alimentação com todos os macros e micronutrientes disponíveis no mercado, levando em consideração as necessidades, objetivos e preexistência médica de cada indivíduo.

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