Por dentro da taxa metabólica basal

postado em 15/08/2021 08:00


Joelma Andrade (d) com a nutricionista esportiva Priscila Rodrigues: perda de 30kg em um ano

– (crédito: Arquivo pessoal)

O nome pode até parecer cheio de pompas, mas é fundamental para quem quer levar uma vida equilibrada entre atividades físicas e alimentação. A taxa metabólica basal (TMB) é um índice que estabelece o mínimo de energia necessária para manter as funções de um corpo em repouso, como os batimentos cardíacos, a pressão arterial, a respiração e a manutenção da temperatura corporal, por exemplo. Nutricionistas e preparadores físicos realizam o cálculo dessa taxa para orientar a dieta e os exercícios que uma pessoa precisa realizar para alcançar as metas de peso de maneira saudável.

A fórmula para obtenção da TMB é diferente para homens e mulheres e envolve os dados de peso, altura e idade (veja o quadro). Segundo a nutricionista Camila Pedrosa, é extremamente importante buscar orientações sobre sua taxa metabólica basal ao criar uma dieta e uma rotina de exercícios, pois existem alguns riscos.

“Se você segue uma dieta muito restritiva e que não seja adaptada à sua taxa metabólica basal, você cria um deficit calórico e seu corpo vai sentir diversas consequências, como fadiga, sonolência e perda de massa muscular”, alerta a nutricionista, que também é formada em educação física. Consumir menos calorias do que o corpo precisa para funcionar não só diminui o rendimento em atividades físicas, mas também nas tarefas diárias.

O personal trainer Robson Ramos trabalha na área de educação física há sete anos e ressalta a importância do exercício físico na TMB. “A prática regular do exercício físico faz com que seu corpo tenha um maior gasto de energia, o catabolismo. Por isso, é possível perceber, no corpo, os efeitos do emagrecimento e o aumento da massa muscular”, comenta. Ele ainda acrescenta que as atividades de musculação têm mais efeito na taxa metabólica basal em comparação com exercícios aeróbicos, justamente por aumentar a massa muscular e a taxa metabólica por consequência.

Resultado satisfatório

Joelma Andrade, 24 anos, está entre as pessoas que viram seu processo de perda de peso e ganho de massa mudarem radicalmente depois de passar a considerar a taxa metabólica basal. A bacharel em direito e pós-graduanda em direito penal conta que, desde o início da adolescência, costumava ficar um pouco acima do peso indicado para sua altura e, mesmo fazendo atividade física em academias, não notava uma grande mudança.

Quando começou a fazer faculdade, Joelma reparou que em momentos de estresse e pressão, como na época de provas, ela tinha um grande aumento de peso e chegou a 132kg. Apesar de ter 1,80m, o peso era considerado alto, e Joelma resolveu buscar uma mudança de vida.

Ela começou a fazer crossfit e, com a atividade física e o acompanhamento da nutricionista esportiva Priscila Rodrigues, descobriu o que era a taxa metabólica basal. Depois de uma série de exames básicos e uma dieta detox, na qual abriu mão do açúcar e de alimentos industrializados, Joelma começou a mudar sua alimentação de acordo com o funcionamento de seu metabolismo.

“Levando em conta o meu IMC e a lentidão do meu metabolismo, conseguimos criar uma rotina de alimentação e também de exercícios totalmente personalizados para o meu organismo. Levando em conta como meu corpo funciona, conseguimos encontrar uma solução eficaz”, conta.

Joelma emagreceu cerca de 30kg em um ano, somente com a dieta e a atividade física. A dieta nutricional incluiu suplementação com vitaminas e minerais, para evitar que o corpo passasse qualquer tipo de necessidade.

A jovem acredita que uma personalização, tanto na alimentação quanto na rotina de exercícios, está entre as melhores soluções para quem busca mudanças como ela. “O meu metabolismo lento interferia em diversos aspectos da minha vida, nos estudos, no trabalho. Ter um cuidado criado especialmente para o corpo melhorou todos os aspectos da minha rotina”.

Gastos extras

Existem outros fatores que podem interferir na taxa metabólica basal de uma pessoa, além das atividades físicas. É o que conta a nutricionista especializada em nutrição esportiva Priscila Rodrigues. “Os gastos extras são somados diretamente à taxa metabólica e ocorrem durante estados fisiológicos específicos, como um período febril, durante alguma doença, ou também durante o tempo de gravidez e amamentação, que resulta em um gasto calórico um pouco maior ao longo do dia”, explica. Por isso, a importância de conhecer e acompanhar sua taxa metabólica basal para não deixar de fornecer energia ao corpo e alcançar metas de peso e massa muscular de forma saudável.

Como chegar à TMB

Para os homens
TMB = 66 + (13,8 x peso em kg) + (5 x altura em cm) – (6,8 x idade em anos).

Para as mulheres
TMB = 655 + (9,6 x peso em kg) + (1,8 x altura em cm) – (4,7 x idade em anos).

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

 

 

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