Pouca gente resiste a uma boa porção de batata frita acompanhada de um pedaço de carne bovina bem cozido e muitos, inclusive, têm o hábito de comer carne vermelha todos os dias, tanto no almoço, quanto no jantar.
As carnes vermelhas provêm do porco, carneiro e boi, e são uma excelentes fonte de proteínas, vitamina B3, B6 e B12, além de obterem minerais essenciais para o organismo, como o ferro, zinco e selênio, podendo trazer muitos benefícios para a saúde.
Entretanto, a médica Bruna Laudano Manes, especialista em endocrinologia, do Instituto Santa Rosa, ressalta que tais benefícios aparecem quando a alimentação faz parte de uma dieta balanceada, pois, do contrário, o consumo exagerado de carne vermelha pode trazer malefícios à saúde, como inchaço e a dificuldade de emagrecer.
“Isso porque o problema maior da carne vermelha é carregar ácido araquidônico, uma substância pró-inflamatória que, em excesso, deixa o organismo resistente à perda de peso”, explicou a especialista, que ainda acrescenta. “Caso se torne crônico, mesmo o indivíduo tentando emagrecer, por meio de dieta, ele não vai conseguir”.
Outro problema que a médica pontua é o possível surgimento de câncer do cólon e isso acontece porque o aumento da inflamação no intestino, sem o consumo adequado de frutas, legumes e verduras, favorece alterações nas células, fazendo surgir a doença. “O ideal é que se consuma carne vermelha apenas duas vezes na semana e se comeu no almoço, procure evitar no jantar. Coma também alimentos saudáveis para equilibrar as toxinas no organismo”, disse.
O que acontece com o organismo quando se reduz a carne vermelha?
De acordo com a endocrinologista, dentro de alguns dias o corpo vai apresentar mudanças. Bruna Manes fala que o corpo vai passar por uma espécie de detox, o que vai favorecer na perda de peso, diminuição da celulite, aumento da fertilidade e bem-estar.
“A sensação de peso vai passar porque o organismo vai produzir enzimas o suficientes para quebrar as moléculas das proteínas da carne vermelha, facilitando o trabalho dos rins na eliminação das toxinas pela urina, causando menos inchaço”, explicou.
E não é preciso se tornar vegetariano, pois basta diminuir no consumo e manter a rotina. Para ajudar, Bruna ressalta a importância do acompanhamento profissional. “O processo é gradativo e comer carne é muito bom, mas ninguém consegue levar uma vida saudável sem incentivo”, finalizou.
Sobre Bruna Manes
Formada em medicina a exemplo do pai, a volta-redondense sempre acreditou que seu campo de atuação seria a cirurgia plástica. Entretanto, depois de se consultar com uma nutróloga e ter uma perda significativa de peso, além de uma melhora na qualidade de vida, Bruna se interessou pela especialidade.
Ela se aprofundou na área que estuda os efeitos benéficos e maléficos das vitaminas, carboidratos, minerais, gorduras e proteínas no organismo. Com o passar do tempo, se especializou também em modulação hormonal, medicina ortomolecular e endocrinologia, tornando-se então uma referência nos cuidados metabólicos e hormonais.
A doutora Bruna Manes atua em duas clínicas – em Volta Redonda (RJ), cidade onde mora com o marido, e outra no bairro Leblon, no Rio de Janeiro – nos dois espaços oferece tratamento para a obesidade, reposição hormonal de mulheres na menopausa e homens na andropausa, hipertrofia de pacientes que desejam o aumento de massa muscular, além de vários outros procedimentos com protocolos injetáveis, como reposição de vitaminas, hormônios, tratamento para doenças autoimunes, entre outros.